Entender os motivos que transformaram esse mês em um marco para a comunidade fortalece e aumenta o conhecimento de todos pela causa. Além disso, abre espaço para diálogos acerca da diversidade. Assim, as redes sociais podem fazer parte de uma verdadeira transformação, como já tem ocorrido gradativamente. Muitos influenciadores vêm ganhando espaço no YouTube, Instagram, TikTok e quebrando barreiras de informações. Dados da segunda edição da pesquisa “Comunidade LGBTQIA+: o que está em foco?”, realizada pela Nielsen, revelam que:
Membros da comunidade LGBTQIA+ dedicam, em média, 2 horas e 13 minutos ao Instagram. Mais que os dados gerais (1 hora e 44 minutos), e revelam também que os usuários da rede são prioritariamente jovens (18 a 44 anos). No Twitter, a comunidade gasta, em média, 53 minutos, enquanto a população em geral dedica apenas 35 minutos. 52% dos entrevistados afirmam que é preciso evitar estereótipos nas publicidades e 47% acreditam que para isso é necessário o envolvimento da comunidade em todas as áreas da empresa, não apenas na publicidade e propaganda.
A pesquisa foi realizada entre fevereiro e abril deste ano, através de um questionário online para 602 pessoas. Onde 50% dos entrevistados são membros da comunidade LGBTQIA+. Pensando nisso, preparamos este guia sobre como comemorar o Mês do Orgulho LGBTQ+ nas Mídias Sociais de forma assertiva. Começando pelo entendimento da data e, na sequência, trazendo considerações de marketing de grandes empresas e, para finalizar, dicas de como utilizar o marketing nas redes.
Entender para empreender
Quando conhecemos a história do momento que nos trouxe até as comemorações fica mais fácil traçar uma ideia de como inserir ações e conteúdos educativos nos comunicados e rotinas da marca. Não foi a Parada do Orgulho LGBTQIA+, que acontece todo ano na Avenida Paulista, em São Paulo, que o mês de junho se tornou o mês da comunidade. Essa história começou na década de 1960 onde poucos bares admitiam a entrada de pessoas queer, e batidas policiais eram frequentes nesses estabelecimentos. E aqui vale uma pausa na história para o entendimento dessa palavra. Queer é o termo direcionado a pessoas que não são representadas pela heterocisnormatividade, seja por identidade de gênero, orientação sexual, forma de expressão ou atração emocional. Foi na madrugada de 28 de junho de 1969 que policiais de Nova York resolveram inspecionar, na madrugada, um bar gay chamado Stonewall Inn. Porém não esperavam desencadear uma revolta.
Clientes do bar e moradores de Greenwich Village, bairro onde ficava o Stonewall Inn, foram às ruas por seis dias, em um protesto que a polícia tentou silenciar com o uso de violência. Hoje conhecida como a Rebelião de Stonewall, a revolta preparou as bases para o movimento dos direitos LGBTQIA+ crescerem nos Estados Unidos e em todo o mundo. O que começou como o Dia do Orgulho Gay agora abrange todo o mês de junho, que hoje é chamado de Mês do Orgulho LGBTQIA+. Afinal, um dia não é o suficiente para celebrar e entender que inclusão é o único caminho para um futuro melhor.
Orgulho LGBTQIA+ nas Mídias Sociais
É óbvio que como qualquer outra data comemorativa, como Dia das Mães e o Natal, por exemplo, o mês do Orgulho LGBTQIA+ também traz enormes oportunidades para as marcas. Não somente em vendas, mas também na consolidação dos valores da marca, engajando consumidores, representando as classes e facilitando os diálogos. O que é fundamental para que todas as pessoas do seu público-alvo se sintam vistas e se identifiquem com a sua marca. Mas tudo isso sem mentiras, claro! Não adianta utilizar esses recursos somente nesta data e depois não incluir, rotineiramente, nos seus discursos e propagandas informações que incluam a comunidade. Muitas marcas já despertaram e aproveitam períodos como o do mês de junho para alterar ou incluir as cores do movimento LGBTQIA+ em suas redes sociais e posts. Aproveitam que o mês já tem uma data forte no mercado brasileiro que é o Dia dos Namorados e unem a data ao mês do Orgulho LGBTQIA+ investindo em elementos e mensagens para este público. Entretanto, é preciso investir na adaptação das suas redes sociais e na criação de conteúdos legais e pertinentes o ano todo, já que essa bandeira faz parte dos valores da empresa. Em junho, uma pesquisa da Human Rights Campaign (HRC), do Instituto Mais Diversidade e do Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+ reconheceu empresas brasileiras com as melhores práticas de inclusão para pessoas da comunidade LGBTQIA+ e as certificou como os melhores lugares para esse público trabalhar. Entre elas estão Gerdau, 3M, Mondelez e Via (dona das marcas Casas Bahia, Ponto e Extra.com.br). Outras grandes marcas como Coca-Cola, Ambev, Nestlé, Uber, Avon, Burger King e outras tem realizado campanhas e tratado do assunto interna e externamente buscando reforçar valores como diversidade, liberdade e autenticidade. Vamos ver então como colocar essas ideias em prática o ano inteiro!
Dicas de marketing
Ações de inclusão precisam estar, cada dia mais, nos planejamentos estratégicos das empresas. E isso se faz garantindo uma comunicação assertiva considerando alguns pontos chave: tom de voz, abordagem e humor nas campanhas. Além disso, vale considerar a inclusão de vídeos educativos e explicações sobre o assunto, contribuindo para aumentar o nível de informações em relação à comunidade LGBTQIA+. Afinal, quanto mais informações, melhor! Vamos então às dicas:
1. Produza conteúdo educativo
Como falamos acima, não é somente nesse momento do ano que uma marca deve se posicionar. Porém produzir conteúdos que realmente agregam valor e educam o público durante o mês de junho é fundamental. Se a sua página é de um negócio local, vale a pena começar a pesquisar na sua região quem é o influencer de maior presença na comunidade LGBTQIA+ e que vem conquistando o público que tenha relação com o seu público alvo e fazer parcerias. Vale também repostar conteúdos de outras páginas grandes e promover discussões saudáveis a respeito dos temas. Veja algumas páginas interessantes:
Todxs (Instagram e LinkedIn), Maira Reis ( LinkedIn e Site) Para Tudo (Youtube e Instagram), da Lorelay Fox que é uma das Drag Queens mais famosas do Brasil.
Assim, apesar de um investimento financeiro relativamente baixo, o impacto positivo dessas ações acabarão sendo imensuráveis.
2. Fale de amor
Por ser um mês voltado aos namorados, junho abre a oportunidade para fugir de padrões nas suas comunicações. A representatividade da comunidade pode vir através de pequenos gestos, como campanhas da marca, que falem de amor e mostrem casais compostos por uma diversidade de gêneros. Grandes marcas têm acertado muito ao dar voz a diversidade e profundidade desse amor. E a sua marca também pode contribuir.
3. Incentive negócios LGBTQIA+
Outra grande oportunidade de influenciar as pessoas positivamente e fazer a diferença de forma simples é a divulgação. Sabemos da importância que os depoimentos e o famoso boca-a-boca exercem no crescimento dos negócios, especialmente os pequenos e médios negócios. Seja parte dessa transformação e indique, incentive e apoie marcas geridos por pessoas LGBTQIA+. E faça mais do que isso, inclua em seus processos seletivos pessoas de todos os gêneros. Os benefícios da diversidade para as marcas são muito maiores do que um olhar para a comunidade LGBTQIA+ enquanto mercado consumidor. Ter uma equipe mais diversa efetivamente trabalhando para sua marca facilita conexões mais empáticas com as pessoas de uma forma geral. Assim você se beneficia do pink money de maneira correta. Não sabe o que é o Pink Money? Deixa que a gente te ajuda, então. Pink Money é o termo usado para caracterizar a comercialização de produtos para o público LGBTQIA+. E é cada vez maior a quantidade de marcas que promovem ações e produtos voltados para este perfil de consumidor com alto poder aquisitivo e grande potencial de consumo.
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